A utilização no Judiciário da Constelação Sistêmica de Bert Hellinger alcança excelentes resultados na conciliação de processos e na reversão de litígios.
A Constelação Sistêmica de Bert Hellinger tem encontrado aplicações em áreas distintas, atuando no campo familiar, pedagógico, organizacional e também no judiciário. Este último encontrou no juiz brasileiro Sami Storch, o precursor da aplicação das Leis Sistêmicas aos conflitos familiares que chegam no judiciário, trazendo paz e conciliação às partes envolvidas em processos.
O Direito Sistêmico preocupa-se em encontrar uma verdadeira solução sistêmica. Ainda que existam leis reconhecidas e implementadas na sociedade, nem sempre as relações humanas se estabelecem somente conforme elas. Muitas vezes a aplicação da lei em uma decisão judicial pode trazer um alívio momentâneo, mas pode não resolver a raiz do problema.
Por exemplo: em um caso de divórcio, muitas vezes, ainda que se estabeleça o valor de uma pensão, o regime de guarda dos filhos e as responsabilidades e compensações, se os pais continuarem se atacando mutuamente este conflito se tornará um fardo para o filho, que se sentirá dividido e alvo de todos os ataques direcionados entre os pais.
A família permanecerá dividida e, embora as leis tenham sido aplicadas, o caso não está realmente resolvido. A decisão trouxe uma resolução, mas não uma solução de paz para o conflito. A lealdade do filho a ambos os pais transforma essa situação em um grande risco para seu bem-estar e desenvolvimento.
Sami Storch em seu blog (direitosistemico) explica da seguinte forma:
“A abordagem sistêmica do direito, portanto, propõe a aplicação prática da ciência jurídica com um viés terapêutico – desde a etapa de elaboração das leis até a sua aplicação nos casos concretos. A proposta é utilizar as leis e o direito como mecanismo de tratamento das questões geradoras de conflito, visando à saúde do sistema “doente” (seja ele familiar ou não), como um todo.”