O Divórcio e suas dores – um olhar a partir das Leis das Constelações Familiares e o impacto nos filhos

Divórcio - leis da constelação familiar

O trabalho com as Leis da Vida de Bert Hellinger, criador das Constelações Familiares transformam o nosso olhar para as dores e dificuldades que envolvem as relações humanas e nos mostram caminhos possíveis em direção à paz e equilíbrio, mesmo nos momentos mais difíceis que todos nós passamos em nossas vidas.

Falando em dor, um dos grandes desafios é passar por uma separação e divórcio com equilíbrio e preservando os filhos de se colocarem ou serem colocados no meio do conflito entre os pais.
As impressões de um Juiz de Direito que estuda e aplica as Constelações no Judiciário nos traz alguns insights novos e nos mostra qual poderia ser este caminho.

Neste excelente artigo, originalmente publicado em seu Blog Direito Sistêmico, Sami Storch nos fala sobre o divórcio e também sobre a atuação do juiz de uma forma totalmente NOVA.

“Numa ação de divórcio, a solução jurídica relativa aos filhos menores pode ser simplesmente definir qual dos pais ficará com a guarda, como será o regime de visitas e qual será o valor da pensão. É o que usualmente se faz. Mas de nada adiantará uma decisão judicial imposta se os pais continuarem se atacando. Independentemente do valor da pensão ou de quem será o guardião, os filhos crescerão como se eles mesmos fossem os alvos dos ataques de ambos os pais.

Uma ofensa do pai contra a mãe, ou da mãe contra o pai, são sentidas pelos filhos como se estes fossem as vítimas dos ataques, mesmo que não se deem conta disso. Sim, porque sistemicamente os filhos são profundamente vinculados a ambos os pais biológicos. São constituídos por eles, por meio deles receberam a vida.

O filho não existe sem o pai ou sem a mãe e, seja qual for o destino que os filhos construírem para si, será uma sequência da história dos pais.

Por isso é que, mesmo que o filho manifeste uma rejeição ao pai – porque este abandonou a família ou porque não paga pensão, por exemplo – toda essa rejeição se volta contra ele mesmo, inconscientemente. Qualquer ofensa ou julgamento de um dos pais contra o outro alimenta essa dinâmica, prejudicial sobretudo aos filhos. O mesmo ocorre quando o juiz toma o partido de um dos pais contra o outro, reforçando o conflito interno na criança.

A solução sistêmica, para ser verdadeira, precisará primeiramente excluir os filhos de qualquer conflito existente entre os pais, para que os filhos possam sentir a presença harmônica do pai e da mãe em suas vidas.

O juiz, por sua vez, antes de decidir, deve considerar essa realidade e ter em seu coração as crianças e ambos os pais, além de outras pessoas eventualmente envolvidas, sem julgamentos de qualquer tipo. Com tal postura, por si só, o juiz já estará facilitando uma conciliação entre as partes (que constituem um só sistema). E caso se faça necessária uma solução imposta, esta será mais bem recebida por todos, pois todos sentirão que foram vistos e considerados pelo juiz.

Que fique bem claro: isso não impede que o pai e a mãe discutam as questões necessárias, judicialmente ou não, desde que isso se dê entre eles, sem o envolvimento dos filhos, nem que o juiz decida as demandas que lhe forem postas.”

Sami Storch – Juiz de Direito brasileiro que recentemente foi premiado pelo Conselho Nacional de Justiça por seu incansável e visionário trabalho para que a Justiça brasileira seja cada dia mais conciliatória. Ele o faz através da aplicação de todo o trabalho com as Leis Sistêmicas do Relacionamento Humano trazidas por Bert Hellinger, filósofo alemão e criador das Constelações Familiares.

A adoção da Constelação Familiar como metodologia na solução de Conflitos na Justiça está amparada na Resolução 125/2010 do CNJ e também está prevista no Novo CPC, art. 3º e art. 694, que determina a utilização de outros métodos de solução consensual e de profissionais de outras áreas do conhecimento para mediação e conciliação.

SAIBA MAIS SOBRE SAMI STORCH

Sami esteve em Florianópolis a convite do Ipê Roxo, hoje Raízes e apresentou de que forma é possível levar a postura sistêmica e as 3 Leis de Bert Hellinger para a prática diária da advocacia, da conciliação, da mediação e mesmo para que a decisão judicial, quando esta for o único caminho, possa ter, no seu campo de visão, sempre as duas partes que fazem parte do conflito.

As Constelações Familiares estão transformando a forma de solucionar os conflitos que são levados à Justiça, com destaque nas questões de família, guarda de crianças, divórcios, inventários, heranças e sucessões, além de casos de infração por adolescentes.

O Direito Sistêmico na Imprensa

Reportagem no site do Conselho Nacional de Justiça
Reportagem GLOBO.COM
Reportagem Revista Viver Bem – Out/2015
Reportagem da EMERON – Escola da Magistratura de Rondônia
Reportagem Poder Judiciário do Mato Grosso
Reportagem na TV Bandeirantes
Entrevista Rádio Mundial
Apresentação de Sami Storch na Hellinger Sciencia na Alemanha